O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos, mudou sua versão para o número de mortes que tinha assumido, reduzindo dez vítimas. O novo depoimento, no qual assume 29 mortes e não mais 39, foi feito antes de ele ser transferido para uma ala de segurança máxima do Núcleo de Custódia do Complexo Prisional. A chegada ao local, no início da tarde de quarta-feira, foi marcada por troca de insultos e ameaças de morte entre Rocha e outros presos.
O vigilante está sozinho em uma cela e não faz nenhuma atividade junto com os demais detentos. A cela tem cerca de dez metros quadrados, com chuveiro, vaso sanitário e pia. Ele tem direito a banho de sol diário e poderá receber visitas nos fins de semana.
Sobre a mudança no depoimento, o delegado explicou que isso aconteceu por orientação da nova defesa do vigilante. O novo interrogatório foi acompanhado pelas advogadas que a família de Tiago contratou nesta semana e que assumiram a causa afirmando que ele foi coagido a confessar 39 homicídios, quando seria o autor de um número menor de mortes.
Exame de sanidade mental
A Polícia Civil desistiu de encaminhar o vigilante para que o psicólogo forense da Polícia Científica de Goiás Leonardo Faria realizasse o exame de sanidade mental. A análise será feita por uma equipe multidisciplinar convocada pela Justiça.