Durante o ato desta terça, 28, em uma das pistas, pneus e paus foram incendiados. A rodovia ficou interditada por mais de uma hora. Cerca de 60 manifestantes tentaram impedir que o Corpo de Bombeiros usasse água para apagar o fogo, gritando em coro: "Queremos água". A Polícia Rodoviária Estadual negociou a liberação das pistas.
Viaturas da Polícia Militar reforçavam o policiamento nos pontos em que foram instaladas caixas públicas de distribuição para evitar conflitos na disputa pela água. Cinco reservatórios flexíveis, com capacidade para 20 mil litros cada, estavam distribuídos pelos bairros mais afetados.
Na região mais crítica, no bairro Cidade Nova, foi instalado um reservatório com 70 mil litros. Os moradores fizeram fila para pegar água que, segundo eles, chegou a acabar no bairro Novo Itu.
A cidade está em racionamento oficial há nove meses. A falta de água, porém, acontece desde novembro.
Emergência
A prefeitura informou que um comitê de gestão da água mantém o abastecimento de escolas, creches e unidades de saúde com caminhões-pipa. Uma frota de 40 caminhões está sendo usada para atender a 17 bairros mais críticos, onde a água não chega pela rede. Segundo a administração, a prefeitura vai decretar estado de emergência ou calamidade pública no momento em que a Defesa Civil do Estado, que acompanha a crise, entender que é necessário.
O fornecimento de água é feito pela concessionária privada Águas de Itu. A concessionária investe R$ 30 milhões em uma nova captação nos Ribeirões Mombaça e Pau DAlho, mas a obra só ficará pronta no início do próximo ano.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..