Trajando túnica e estola, Wolfgang Schuler é um senhor com cerca de 70 anos. Entre outras igrejas, foi visto na Paróquia São Paulo da Cruz, a Igreja do Calvário, no bairro de Pinheiros, zona oeste. Segundo testemunhas, conduziu uma oração - mas não celebrou missa. Chegou a escrever dedicatórias em livros católicos de fiéis, assinando como "arcebispo de São Paulo". Não pede dinheiro. Diz que foi nomeado pelo Vaticano para "investigar irregularidades no clero".
Essa movimentação causou estranheza e preocupação ao arcebispo de São Paulo, o cardeal d. Odilo Pedro Scherer.
Na carta, o cardeal-arcebispo de São Paulo também lembra da passagem do falsário por Salvador, sob o nome de André Von Hohenzollern. Lá sua ficha é extensa. Ele chegou a celebrar missas e a se hospedar em mosteiros da capital baiana, apresentando-se como arcebispo polonês. Na primeira vez em que foi desmascarado, em 2004, Schuler foi extraditado para a Alemanha. Retornou à Bahia em 2007, quando chegou a tomar café da manhã com as irmãs do Colégio Sacramentinas. Em agosto de 2010 foi detido pela segunda vez.
O jornal
O Estado de S. Paulo
solicitou entrevista com d. Odilo Scherer sobre o caso, mas a Arquidiocese prefere tratar o caso internamente.
Falso padre
Em 2009, o jornal
O Estado de S. Paulo
denunciou outro falsário religioso. Marcos Rodrigues Fontana era visto com frequência no Cemitério do Araçá, na zona oeste de São Paulo, cobrando de R$ 50 a R$ 200 para realizar o rito das exéquias - oração celebrada em velórios católicos. No último Dia de Finados, de acordo com relatos de testemunhas, Fontana voltou à cena, rezando em troca de dinheiro no mesmo cemitério.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..