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Estado de Minas

Dia da Consciência Negra tem protestos no Rio

Em ato foi convocado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), cerca de 500 pessoas fizeram uma passeata nas praias de Ipanema e Leblon


postado em 20/11/2014 17:07 / atualizado em 20/11/2014 18:02

Levando faixas alusivas à violência contra negros, o grupo batucou e gritou palavras de ordem contra o racismo e as desigualdades sociais(foto: Marcelo Sayão/EFE)
Levando faixas alusivas à violência contra negros, o grupo batucou e gritou palavras de ordem contra o racismo e as desigualdades sociais (foto: Marcelo Sayão/EFE)
Cerca de 500 pessoas fizeram uma passeata nesta quinta-feira, nas praias de Ipanema e Leblon para marcar o Dia da Consciência Negra. O ato foi convocado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e reuniu integrantes de outros grupos, para os quais a data tem que ser usada para desmentir a premissa de que o Brasil vive uma democracia racial.

"É importante estarmos aqui depois de termos visto o ódio, o racismo e o preconceito que pontuaram o período eleitoral. Estamos na praia, num bairro nobre, mas de frente para a favela do Vidigal e perto dos morros do Pavão e do Cantagalo", disse o servidor público Luiz Claudio Moreira, de 40 anos.

"Os negros e pobres estão cada vez mais afastados da cidade, jogados nas periferias. É uma falsa democracia racial", defendeu o estudante Vitor Mariano, de 30 anos, do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, que critica as remoções que precedem as obras preparatórias para os grandes eventos esportivos.

Sob o sol forte do meio-dia, a passeata começou no posto 9, em Ipanema, e seguiu em direção ao Leblon. Uma parte dos manifestantes era da ocupação Zumbi dos Palmares, do MTST, no município de São Gonçalo, no Grande Rio, distante cerca de 40 quilômetros, e foi em ônibus fretados. O ato foi batizado de "Leblon vai virar Palmares" e foi divulgado pelo Facebook.

Levando faixas alusivas à violência contra negros, o grupo batucou e gritou palavras de ordem contra o racismo e as desigualdades sociais. No Leblon, deixou a pista dos carros, fechada ao trânsito por conta do feriado, e caminhou pelas areias. Policiais militares e guardas municipais acompanharam, e não houve atritos.


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