Todas as regiões avaliadas foram classificadas como de "alto desenvolvimento humano." Os números, no entanto, retratam ainda uma situação de desigualdade. Habitantes de uma mesma região metropolitana podem apresentar expectativa de vida com diferença de até 14 anos. São Paulo segue o padrão. Na área com melhor pontuação (como a que compreende o Jóquei Clube e o Estádio do Morumbi), habitantes vivem em média 82,4. Nas regiões com pior desempenho, a vida média é de 69 anos.
Em Recife, a diferença entre a região com maior IDH, Espinheiro, tem um índice 0,432 pontos maior do que a área rural de Ipojuca, onde está o pior desenvolvimento humano.
As diferenças são constatadas em todas as dimensões avaliadas. Em Curitiba, por exemplo, moradores da região do Centro e Rebouças apresentam 0,954 na área de educação. Doutor Ulisses, o pior colocado, tem 0,362. Em Manaus, o IDHM Renda das zonas mais ricas, como Ponta Negra, é mais do que o dobro do registrado na zona rural de Itacoatiara, de apenas 0,490.
O IDHM é preparado com base em dados do Censo de 2010. São avaliados números de saúde, renda e escolaridade. A partir dos indicadores, é possível formar uma classificação geral e uma classificação de acordo com desempenho em cada uma das áreas. O melhor IDHM de São Paulo foi o de longevidade: 0,853. O IDHM Renda, calculado a partir da renda média mensal dos residentes da metrópole, foi de 0,812. O IDHM de Educação, preparado a partir da proporção da população adulta de 18 anos ou mais que concluir o ensino fundamental e do fluxo escolar da população jovem, foi o pior indicador: 0,723
Em comparação com dados reunidos em 2000, pesquisadores avaliam que a desigualdade, embora ainda seja significativa, apresentou uma redução no período. Em 2000, a diferença entre regiões metropolitanas de São Paulo e de São Luís - a maior registrada naquele período - era de 0,132 pontos. No mais recente levantamento, a diferença entre o melhor e o pior colocado (Distrito Federal e Fortaleza, respectivamente), foi de 0,110 ponto. A diferença de esperança de vida, que em 2000 era de 4,82 anos entre o primeiro e último colocado (Porto Alegre e São Luís), passa para 2,9 anos em 2010 (Distrito Federal e São Luís)..