Uma das vítimas já identificadas foi uma criança de três anos, filho de uma prima do assassino. O ataque, segundo o delegado Marcos Batalha, titular da Seccional de Mogi das Cruzes, ocorreu durante uma festa de casamento da família, no último sábado. "Um dos convidados avisou à mãe que o filho, que estava brincando num parquinho, estava sufocando", contou Batalha.
A mãe correu até o local e encontrou Jonathan Santana com a criança no colo. Segundo o delegado, ela teria percebido que o segurança havia ficado nervoso com a sua chegada. "Ele disse para a prima que estava socorrendo o menino, que havia se machucado sozinho", afirmou Batalha.
No hospital, foram encontradas marcas de estrangulamento na criança. O menino também teria dito ao médico que o "tio" teria o enforcado, mas a mãe só acreditou nessa versão após Santana ter sido preso, contou o delegado.
Um dia depois, o morador de rua Geovane Ribeiro dos Santos, de 19 anos, também foi atacado.
"A vítima não conseguiu ver o rosto do agressor, mas um companheiro, que dormia do lado dele, acordou e o identificou depois de ver as imagens da TV", disse Batalha. Com cortes profundos na cabeça, Santos precisou ser internado. Ele saiu no hospital na quarta-feira.
Segundo o delegado, o segurança afirmou em depoimento que as vítimas "não se integravam com o sistema, já que não pagavam impostos". Ainda de acordo com Batalha, o criminoso também afirmou que se inspirava no grupo extremista Estado Islâmico e assistia a vídeos na internet em que os fundamentalistas decapitavam os reféns.
A Polícia Civil também recolheu um notebook que pertencia ao assassino e encaminhou o aparelho para perícia. Com os arquivos, os policiais pretendem traçar um perfil do segurança..