Outras duas barragens estão nos rios do Peixe e Açungui, todos tributários do Rio Ribeira de Iguape, o principal do Vale do Ribeira, também conhecido como Vale das Águas pela profusão de recursos hídricos.
A região, com a maior extensão de Mata Atlântica preservada do Estado, foi a menos afetada pela estiagem que atingiu São Paulo neste ano. O uso dessas águas para suprir a demanda da região metropolitana está no Plano de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista, do governo estadual, que prevê alternativas para o abastecimento urbano até 2035.
A concessão de uso das barragens feita pelo governo federal à CBA vence em 2016. De acordo com o secretário executivo do Comitê de Bacia Hidrográfica Ribeira de Iguape e Litoral Sul, Ney Ikeda, a renovação terá de ser negociada tendo como foco o uso múltiplo das águas. "Como prevê a legislação, a prioridade deverá ser o abastecimento público", disse.
A primeira obra de transposição da água do Vale do Ribeira para a Grande São Paulo deve ficar pronta em 2017. O Sistema Produtor São Lourenço, resultado de uma parceria público-privada entre a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e o Consórcio São Lourenço, prevê a captação de 4,7 mil litros por segundo na Represa Cachoeira do França, no Rio Juquiá, no limite entre Ibiúna e Juquitiba.
O estudo, concluído em 2013, antes da estiagem que afetou o Estado, estima que a demanda de água na Grande São Paulo em 2035 chegará a 283 mil litros por segundo - 60 mil litros a mais do que a disponibilidade atual em períodos normais. Segundo o plano, o Vale do Ribeira é a área mais próxima com água disponível. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo
..