O promotor Sebastião Sérgio da Silveira contou que a apuração, que já ocorre internamente na USP, a partir de agora também será realizada pelo MP. Ele estará chamando para depor estudantes e outros envolvidos e interessados, inclusive, do Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina.
O resultado da investigação pode resultar na assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) ou até mesmo em ação civil pública por danos morais coletivos. Na USP uma comissão formada por três professores já vem averiguando as denúncias desde o mês passado. Entre os movimentos que pressionam por providências está o "Coletivo Negro", formado dentro da própria universidade.
Hino
A denúncia de racismo partiu de alunos no mês passado através das redes sociais. Eles se diziam indignados com o hino da bateria do curso de medicina e o assunto foi parar até na Assembleia Legislativa de São Paulo. Conhecido como "Batesão", o grito de guerra tem termos como "preta imunda", "loirinha bunduda" e "morena gostosa".
A USP de Ribeirão Preto divulgou nota na ocasião lamentando a existência do hino e alegando que desconhecia a tal música. Depois disso surgiu a informação de que dois casos de violência sexual também são investigados, tendo um ocorrido numa república e o outro dentro da área do campus.