Em todo o mundo, a OMS aponta para uma queda de 16% no número de homicídios entre 2000 e 2012. Mas, ainda assim, ele corresponde ainda ao terceiro maior fator para mortes de homens entre 15 e 44 anos.
Segundo a organização, o total de homicídios no mundo chega a 475 mil. Em números absolutos, o Brasil é o líder no ranking, com uma estimativa de 64,3 mil homicídios em 2012. O País é seguido por 52 mil homicídios na Índia, 26 mil no México, 20 mil na Colômbia, 18 mil na Rússia e na África do Sul e 17 mil na Venezuela e nos Estados Unidos.
Os números da OMS, porém, são bem superiores ao que o governo brasileiro forneceu à entidade, com respeito a 2012. Segundo os valores oficiais, foram 47,1 mil homicídios naquele ano, com uma taxa de 24,3 incidentes para cada cem mil pessoas.
Mas a entidade decidiu realizar um "ajuste", considerando a qualidade dos números fornecidos pelo Brasil. A OMS considerou que os números fornecidos pelo Ministério da Saúde teriam de ser incrementados em cerca de 18% para estar no mesmo nível dos registros da polícia brasileira. Para completar, a entidade estimou que outros 17% de elevação teriam de ocorrer para cobrir o número de homicídios não registrados.
Proporção
Levando em consideração a dimensão do Brasil e de sua população, o País não ocupa a liderança.
Considerando esse critério, o local com maior taxa de homicídio do mundo é Honduras, com 103,9 incidentes a cada 100 mil pessoas. O segundo lugar é a Venezuela, com 57 casos, contra 45 na Jamaica e 43,9 incidentes na Colômbia e em El Salvador.
Para a OMS, uma ação imediata precisa ser tomada e alerta que a violência é ainda generalizada, mesmo quando não há um homicídio. Uma de cada quatro crianças é fisicamente abusada, 20% das meninas foram violadas sexualmente e um terço das mulheres no mundo foi alvo de violência de seus parceiros.
Na avaliação da entidade, poucos países de fato implementam programas para coibir a violência. Apenas um terço dos 133 países avaliados implementa iniciativas dessa ordem. Apenas metade faz vigorar de fato leis contra a violência. 50% dos governos avaliados têm serviços para dar apoio a vítimas da violência.
"As consequências da violência em comunidades são profundas", alertou Margaret Chan, diretora-geral da OMS, que pediu nesta quarta-feira, para que governos coloquem a prevenção como prioridade..