Sorocaba, 16 - Numa cerimônia simples realizada na segunda-feira, 15, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), entregou ao diretor do Projeto Sirius, Antonio Ricardo Droher Rodrigues, o alvará que permite o início da construção do Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS). O Sírius, um acelerador de partículas de quarta geração, será usado na análise de materiais orgânicos e inorgânicos.
O novo equipamento será construído com um anel de 500 metros de circunferência, instalado num prédio de 250 metros de diâmetro, com 68 mil m2 de obras civis, no Polo II de Alta Tecnologia do município.
Será cinco vezes maior e várias vezes mais potente que o atual, a única fonte de luz síncroton brasileira, que opera desde 1997. O Projeto Sírius, referência à estrela mais brilhante do céu, tem custo estimado em mais de R$ 1 bilhão e deve emitir o primeiro feixe de luz no início de 2018. A obra vai ocupar um terreno de 150 mil m2 cedido pelo Estado. Na ocasião, o prefeito assinalou que o projeto deve reforçar a vocação de Campinas para a alta tecnologia.
O projeto é considerado um dos maiores e mais completos produzidos pela ciência brasileira e permitirá avanços em áreas estratégicas, como agricultura, energia e saúde. Com o uso da luz síncroton - uma radiação eletromagnética -, os pesquisadores conseguem desvendar as propriedades de átomos e moléculas e como estes se organizam para formar os materiais. Podem ser analisados desde um pedaço de rocha, até um fio de cabelo tratado com diferentes tipos de xampu. O equipamento será o único na América Latina - em todo o Hemisfério Sul existe apenas um similar, na Austrália.