Segundo o MPF, um estudante relatou que há alguns meses, em João Pessoa, um homem cobrou R$ 15 mil pela a fraude. Para viabilizar o esquema, o aluno se inscreveu no Enem como sabatista - pessoa que, por preceito religioso, não exerce atividades entre o pôr do sol de sexta-feira e o de sábado - e com problemas de visão. Para isso, obteve um atestado médico assinado por Miguem E. Duran Navarro, no município cearense de Porteiras.
No dia do exame, o denunciado Valbert Gomes foi ao local da prova com um celular comprado para a fraude. Mesmo alertado de que não poderia ficar com o aparelho, ele manteve o celular ligado dentro de uma sacola. Já Bianca Miranda Matias usou dois celulares, um deles comprado por ordem de um homem que repassaria o gabarito. "Antes do início da prova, entregou apenas um celular", disse o procurador Leal.
Consta ainda que, diante de um problema elétrico na sala de aplicação da prova, os dois estudantes denunciados tiveram de mudar de sala.