O governo estadual vai começar a multar quem aumentar o consumo de água em São Paulo. Os valores dos acréscimos na conta serão de 20%, para quem consumir até 20% a mais, em relação à média do ano passado, e de 50% para quem ampliar o consumo além desse limite. A medida, que será anunciada na tarde desta quinta-feira, pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), ainda precisa ser aprovada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp). A multa deve começar a valer a partir de janeiro.
A medida deve afetar 24% dos clientes atendidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que, apesar do agravamento da seca no Estado, não conseguiram diminuir o consumo de água em novembro.
Escolhido há uma semana para assumir a Secretaria do Saneamento e Recursos Hídricos, o engenheiro civil Benedito Braga já havia afirmado que seria preciso controlar a demanda de água - e não apenas garantir a oferta, como o Estado vinha fazendo. "Continuo com a minha perspectiva de que nós temos de trabalhar instrumentos econômicos (para conter a demanda por água)", afirmou à época.
Em paralelo, o governo vai ampliar a duração do programa de bônus, nos moldes atuais, com descontos de até 30%, para quem economizar água. Previsto para acabar no fim deste mês, o programa, lançado em fevereiro pela Sabesp, será prorrogado até o fim de 2015. Dados de novembro da companhia mostram que 53% dos consumidores diminuíram em ao menos 20% o gasto com água e conseguiram 30% de desconto.
Crise da Água
Ainda em janeiro, a Sabesp fez o primeiro comunicado público para alertar sobre a crise do Sistema Cantareira. Na época, o principal manancial de São Paulo estava com 24% da capacidade, até então, o pior nível dos últimos dez anos.
Foi nesse mês que a Sabesp iniciou o remanejamento de água dos sistemas Alto Tietê e Guarapiranga para atenderem bairros que antes eram abastecidos pelo Cantareira. Atualmente, o Cantareira atende 6,5 milhões de habitantes, enquanto o Alto Tietê e o Guarapiranga, juntos, abastecem 9,4 milhões de pessoas.
Hoje, o reservatório opera com apenas 6,9% da sua capacidade, mesmo com o acréscimo de duas cotas do volume morto. A primeira, de 182,5 bilhões de litros de água, passou a ser captada em maio. Já a segunda, de 105 bilhões de litros, em outubro. Antes dessa última, o Cantareira chegou a 3% da sua capacidade, o menor valor já registrado.
O Alto Tietê também precisou receber sua primeira cota de volume morto no último domingo, 13. Ao todo, 39,4 bilhões de litros foram acrescentados no cálculo da Sabesp. Sem o acréscimo, a capacidade do manancial estaria em 4,1%, o menor já registrado desde a sua construção na década de 1990.
A medida deve afetar 24% dos clientes atendidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que, apesar do agravamento da seca no Estado, não conseguiram diminuir o consumo de água em novembro.
Escolhido há uma semana para assumir a Secretaria do Saneamento e Recursos Hídricos, o engenheiro civil Benedito Braga já havia afirmado que seria preciso controlar a demanda de água - e não apenas garantir a oferta, como o Estado vinha fazendo. "Continuo com a minha perspectiva de que nós temos de trabalhar instrumentos econômicos (para conter a demanda por água)", afirmou à época.
Em paralelo, o governo vai ampliar a duração do programa de bônus, nos moldes atuais, com descontos de até 30%, para quem economizar água. Previsto para acabar no fim deste mês, o programa, lançado em fevereiro pela Sabesp, será prorrogado até o fim de 2015. Dados de novembro da companhia mostram que 53% dos consumidores diminuíram em ao menos 20% o gasto com água e conseguiram 30% de desconto.
Crise da Água
Ainda em janeiro, a Sabesp fez o primeiro comunicado público para alertar sobre a crise do Sistema Cantareira. Na época, o principal manancial de São Paulo estava com 24% da capacidade, até então, o pior nível dos últimos dez anos.
Foi nesse mês que a Sabesp iniciou o remanejamento de água dos sistemas Alto Tietê e Guarapiranga para atenderem bairros que antes eram abastecidos pelo Cantareira. Atualmente, o Cantareira atende 6,5 milhões de habitantes, enquanto o Alto Tietê e o Guarapiranga, juntos, abastecem 9,4 milhões de pessoas.
Hoje, o reservatório opera com apenas 6,9% da sua capacidade, mesmo com o acréscimo de duas cotas do volume morto. A primeira, de 182,5 bilhões de litros de água, passou a ser captada em maio. Já a segunda, de 105 bilhões de litros, em outubro. Antes dessa última, o Cantareira chegou a 3% da sua capacidade, o menor valor já registrado.
O Alto Tietê também precisou receber sua primeira cota de volume morto no último domingo, 13. Ao todo, 39,4 bilhões de litros foram acrescentados no cálculo da Sabesp. Sem o acréscimo, a capacidade do manancial estaria em 4,1%, o menor já registrado desde a sua construção na década de 1990.