O Estado de Minas chega ao final de 2014 com mais uma série de prêmios na bagagem. No mais importante, o jornal foi o vencedor do Esso, Categoria Regional Centro-Oeste, com a série “A nova fronteira da sede”, dos repórteres Mateus Parreiras e Luiz Ribeiro, em parceria com o repórter fotográfico Beto Novaes. Na disputa, outros 1.047 trabalhos. Ao todo, foram percorridos 3 mil quilômetros em cobertura sobre o processo de desertificação de uma área de mais de 180 mil hectares no Noroeste de Minas. A matéria foi publicada no caderno Gerais em setembro de 2013.
Outras seis reportagens do Estado de Minas estão entre as melhores colocadas no 8º Prêmio Délio Rocha de Jornalismo de Interesse Público, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais. Na categoria reportagem de internet, o Saúde Plena, sessão publicada no portal em.com.br, ficou com o primeiro e segundo lugares com as matérias “Violência Obstétrica: se você ainda não acredita, escute essas mulheres” e “Crianças refugiadas: o desafio do recomeço”, respectivamente, ambas de autoria de Valéria Mendes.
Na categoria reportagem fotográfica (jornal e revista), o repórter fotográfico Leandro Couri conquistou o primeiro lugar com as imagens para a matéria “Livres para destruir”. O fotógrafo também faturou a terceira colocação na categoria com a foto da matéria “Fogo avança e mata”. O repórter, no trabalho que lhe valeu o primeiro lugar, publicado em 13 de junho, flagrou um grupo de pessoas virando uma viatura da Polícia Civil, em frente ao Detran, durante protestos contra a Copa do Mundo no Brasil. Por meio das imagens, agentes localizaram e prenderam os autores. Já a matéria “Fogo avança e mata”, de outubro, retrata a devastação da Serra do Cipó em período de extrema seca. Valéria Mendes venceu com a reportagem sobre o nascimento de crianças no Brasil, tendo como enfoque o fato de que uma em cada quatro mães brasileiras foi vítima de violência obstétrica no país, que é campeão mundial de cesarianas.
A série “A real abolição”, do repórter Paulo Henrique Lobato, que trata da desigualdade social e econômica entre as populações negra e branca, ficou com a segunda colocação na categoria reportagem impressa (jornal e revista). Junia Oliveira ficou em terceiro lugar com a matéria “Uma guerreira anônima”, que mostrou a luta da dona de casa Maria José Almeida, mãe de três crianças, sendo duas cadeirantes. Moradora de Ribeirão das Neves, ela pega quatro ônibus para tratar os filhos na Associação Mineira de Reabilitação, no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de BH.
O Estado de Minas foi o vencedor também do Prêmio CDL/BH de Jornalismo. É a terceira vez consecutiva que o jornal é o primeiro colocado na disputa. Este ano, o vitorioso foi o repórter Paulo Henrique Lobato, com a série de reportagens “Muito além do cafezinho”. A matéria abordava conquistas dos produtores da principal commoditie do setor agrícola de Minas Gerais, da lavoura às indústrias de torrefação. No primeiro ano, em 2012, a série de reportagens sobre o cooperativismo, das repórteres Marinella Castro e Zulmira Furbino ficou em primeiro lugar, enquanto no ano passado as repórteres Carolina Mansur e Paula Takahashi ganharam o prêmio com a série “Minha vida de empresário”.
A série “Ameaçados ao nascer”, de Mateus Parreiras e Leandro Couri, foi a vencedora do tema Sustentabilidade – Mudanças Ambientais, da 8ª edição do Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo, categoria Linguagem Escrita – Impresso Nacional e Regional. A reportagem contou ainda com participação de Juliana Sodré, editora de vídeos do portal em.com.br. A série do EM é resultado de uma saga que percorreu 5 mil quilômetros entre trechos fluviais e terrestres, com o objetivo de denunciar as agressões contra as nascentes de alguns dos principais rios que cortam Minas Gerais. A série foi escolhida em meio a 1.575 reportagens somente no tema meio ambiente e sustentabilidade.
LAÇOS DE PAPEL Também a série de reportagem “Minas das cartas”, de autoria dos repórteres Luiz Ribeiro e Jefferson da Fonseca Coutinho, foi grande vencedora do 1º Prêmio Correios de Jornalismo. O EM foi premiado duplamente nas categorias Regional de Jornalismo Impresso e Grande Prêmio Nacional. As reportagens apresentaram três gerações de pessoas que, em tempos de smartfones, tablets e redes de amigos virtuais, mantêm laços afetivos por meio de papel, caneta e boa vontade. Em pauta, apaixonados pela escrita, como duas velhas amigas, afastadas pelo destino e unidas pelas letras.
A reportagem revelou também a história de Lourdes Barroso, escritora de Pirapora, às margens do Rio São Francisco, que, durante a maior parte da vida, emprestou as mãos para a boa gente simples que não sabia escrever.