A carioca Miriam França, presa no Ceará suspeita de participação na morte da turista italiana, Gaia Molinari, não quis falar com a mãe no dia em que o mandado de prisão foi cumprido, segundo informou na segunda-feira a delegada Patrícia Bezerra, responsável pelas investigações. Gaia foi encontrada morta no dia de Natal na localidade de Serrote, na Praia de Jericoacoara, litoral leste cearense.
Ainda de acordo com a delegada, Miriam, que teve o celular apreendido, pediu para verificar, no dia da prisão, dois nomes da agenda, de um amigo e da orientadora do seu doutorado. "Ela não quis falar com a mãe e a Polícia Judiciária não tem gerência para quem a presa vai telefonar ou não", declarou.
Ainda segundo Patrícia, Miriam está presa "por força de um mandado de prisão temporária". "Ela está recolhida da Delegacia de Capturas, em uma cela separada dos demais presos, nos exatos termos do que determina a legislação brasileira, com todos os seus direitos sendo integralmente respeitados.", disse.
Uma coletiva de imprensa foi realizada pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará para esclarecer a detenção da carioca.
Exames
Segundo o perito geral da SSPDS, Maximiano Chaves, os exames de DNA e o toxicológico feitos no corpo da vítima devem sair até o próximo dia 15. A Perícia Forense do Ceará (Pefoce), no entanto, informa que não foram encontrados vestígios de sêmen no corpo da italiana.
Em relação às investigações, as autoridades policiais informaram que cerca de 15 pessoas já prestaram depoimentos e que foram realizadas acareações, nas quais Miriam caiu em contradição. A delegada disse ainda que novas diligências serão realizadas em Jericoacoara e que poderá ser realizada uma reprodução simulada do crime.
Caso
O crime aconteceu em Jijoca de Jericoacoara, na Área Integrada de Segurança 17 (AIS 17) do Ceará. Desde então, as Polícias Civil e Militar vem realizando diligências para esclarecer o que ocorreu.
O corpo da vítima foi localizado na tarde do último dia 25 em uma localidade conhecida como Serrote, na vila de Jijoca de Jericoacoara, e encaminhado ao núcleo da Pefoce no município de Sobral. Os exames lá realizados indicaram a causa da morte como asfixia por estrangulamento.