No Parque do Ibirapuera, na zona sul, os espaços nos gramados sob as árvores estavam tomados por famílias, grupos de amigos e pessoas interessadas em relaxar e tentar amenizar de alguma forma o calor e aproveitar o dia. Com a família descansando em uma sombra do parque, a estudante Suenia Lima, de 28 anos, dava água para a filha Sofia, de um ano e dois meses. Tem que tomar bastante água. Está precisando porque está muito quente, disse.
Perto dali, a família da auxiliar de dentista Lidiane Santos, de 28 anos, encontrou outra forma para amenizar o calor. Sorvete e picolé, porque está muito calor, disse Lidiane, mostrando os doces gelados que ela e a filha de 8 anos seguravam.
No Sesc Belenzinho, zona leste, as piscinas ao ar livre estavam completamente tomadas por banhistas, assim como a área do entorno, lotada por pessoas que aproveitavam o tempo firme para se bronzear. Logo na entrada, um aviso alertava que a piscina estava lotada e o exame médico para entrar na área estava suspenso, o que ocasionou a formação de filas.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a calor só deve ser interrompido hoje por pancadas de chuva fracas ou moderadas no final da tarde e durante o período da noite.
A previsão para segunda-feira, 12, é de mais calor. Os termômetros devem marcar até 33 ºC. A mínima será de 23ºC, segundo o instituto. O sol, porém, não deve dominar o céu durante todo o dia. Estima-se tempo parcialmente nublado e trovoadas isoladas durante a tarde.
Filas
O calor foi especialmente desconfortável para quem teve de suportá-lo em uma fila de espera. Essa era a situação de dezenas de pessoas que aguardavam entrada no Museu da Imagem e do Som (MIS), na região dos Jardins, zona oeste da cidade. O motivo? A exposição Castelo Rá-Tim-Bum, que segue o dia 25 de janeiro.
A professora Juliana Romero, de 28 anos, e o comerciante Beny Chagas, de 30, estavam próximos da entrada no MIS no final da manhã deste domingo. O caminho, no entanto, foi de paciência. Estamos aqui há quatro horas e meia. Viemos de Franca praticamente só para a exposição e chegamos cedo, por volta das 7h30, disse.
Para aguentar a temperatura, o guarda-chuvas virou guarda-sol. Sem ele, não seria tão tranquilo, acrescentou o comerciante. Na frente deles, o analista de sistemas Júlio César Nardone, de 34 anos , e a estudante Alessandra Fagundes, de 25, só contavam com uma garrafa dágua para se refrescarem. Não estávamos esperando essa temperatura, disse Nardone, que veio de Rio Claro, interior paulista, para a exposição.
Mesmo com um longo tempo de espera pela frente, o grupo formado pelos amigos Bruno Leonardo, Flávia Barros, Fellipe Vinícius e Alessandra Ramires estavam animados.