São Paulo, 11 - O dia tem sido de muito sol e calor em todas as regiões da capital paulista. A meteorologia previa temperaturas de até 34 ºC, mas a sensação de desconforto era bem maior para quem andava pelas ruas da cidade por volta do meio-dia deste domingo, 11. Com parques e clubes lotados, cada centímetro de sombra ou um espaço na piscina de clubes era disputado.
No Parque do Ibirapuera, na zona sul, os espaços nos gramados sob as árvores estavam tomados por famílias, grupos de amigos e pessoas interessadas em relaxar e tentar amenizar de alguma forma o calor e aproveitar o dia. Com a família descansando em uma sombra do parque, a estudante Suenia Lima, de 28 anos, dava água para a filha Sofia, de um ano e dois meses. “Tem que tomar bastante água. Está precisando porque está muito quente”, disse.
Perto dali, a família da auxiliar de dentista Lidiane Santos, de 28 anos, encontrou outra forma para amenizar o calor. “Sorvete e picolé, porque está muito calor”, disse Lidiane, mostrando os doces gelados que ela e a filha de 8 anos seguravam.
No Sesc Belenzinho, zona leste, as piscinas ao ar livre estavam completamente tomadas por banhistas, assim como a área do entorno, lotada por pessoas que aproveitavam o tempo firme para se bronzear. Logo na entrada, um aviso alertava que a piscina estava lotada e o exame médico para entrar na área estava suspenso, o que ocasionou a formação de filas.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a calor só deve ser interrompido hoje por pancadas de chuva fracas ou moderadas no final da tarde e durante o período da noite. No interior do Estado, o Inmet chegou a aferir 37 ºC, em Taubaté, que lidera a lista das cidades paulistas mais quentes neste domingo até agora.
A previsão para segunda-feira, 12, é de mais calor. Os termômetros devem marcar até 33 ºC. A mínima será de 23ºC, segundo o instituto. O sol, porém, não deve dominar o céu durante todo o dia. Estima-se tempo parcialmente nublado e trovoadas isoladas durante a tarde.
Filas
O calor foi especialmente desconfortável para quem teve de suportá-lo em uma fila de espera. Essa era a situação de dezenas de pessoas que aguardavam entrada no Museu da Imagem e do Som (MIS), na região dos Jardins, zona oeste da cidade. O motivo? A exposição Castelo Rá-Tim-Bum, que segue o dia 25 de janeiro.
A professora Juliana Romero, de 28 anos, e o comerciante Beny Chagas, de 30, estavam próximos da entrada no MIS no final da manhã deste domingo. O caminho, no entanto, foi de paciência. “Estamos aqui há quatro horas e meia. Viemos de Franca praticamente só para a exposição e chegamos cedo, por volta das 7h30”, disse.
Para aguentar a temperatura, o guarda-chuvas virou guarda-sol. “Sem ele, não seria tão tranquilo”, acrescentou o comerciante. Na frente deles, o analista de sistemas Júlio César Nardone, de 34 anos , e a estudante Alessandra Fagundes, de 25, só contavam com uma garrafa d’água para se refrescarem. “Não estávamos esperando essa temperatura”, disse Nardone, que veio de Rio Claro, interior paulista, para a exposição.
Mesmo com um longo tempo de espera pela frente, o grupo formado pelos amigos Bruno Leonardo, Flávia Barros, Fellipe Vinícius e Alessandra Ramires estavam animados. “Independentemente de quanto tempo for tomar, vamos esperar. Tinha 10 anos quando passava o Castela Rá-Tim-Bum e acompanhei a temporada inteira”, disse o inspetor de qualidade Bruno Leonardo, de 30 anos.