A carioca Mirian França, supeita de envolvimento na morte da italiana Gaia Molinari, teve sua prisão temporária revogada nesta terça-feira. A decisão foi tomada pelo juiz José Arnaldo dos Santos Soares, da Comarca de Jijoca de Jericoacoara. Segundo o Tribunal de Justiça do Ceará, o magistrado concluiu que a prisão não era fundamental para a continuidade da investigações, já que Mirian não criou qualquer embaraço ao procedimento policial. A farmacêutica, no entanto, não poderá deixar o Ceará nos próximos 30 dias.
A turista italiana foi encontrada morta no dia 25 de dezembro, em Jijoca de Jericoacoara. Os exames indicaram que a vítima morreu de asfixia por estrangulamento. Mirian, que era amiga da vítima, foi presa por se contradizer durante o depoimento, segundo a polícia.
A Defensoria Pública do Ceará alegou inexistência de motivos que comprovem autoria ou participação da farmacêutica no crime. Segundo o parecer, as contradições apresentadas em depoimento não seriam suficientes para a prisão e a farmacêutica estaria disposta a permanecer no Ceará até o término das investigações.
Indignação
A prisão de Mirian gerou revolta em pessoas ligadas ao movimento negro e direitos humanos. Em uma página no Facebook, mais de 8 mil pessoas manifestaram apoio à doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro.