Em frente a Prefeitura, no Centro da capital paulista, a PM usou bombas de gás para dispersar os manifestantes. A confusão começou quando um grupo de 'black blocs' jogou pedras contra os policiais que faziam a guarda na Prefeitura. Um rojão foi lançado em direção aos homens da Tropa de Choque no Largo do Patriarca e outros rojões são lançados em direção à Prefeitura.
Mais cedo, policiais tentaram impedir que os 'black blocs' se infiltrassem no movimento e fecharam o cerco ao redor dos mascarados, na esquina com a Rua Maria Antônia. A Polícia Militar usou bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Um defensor público foi liberado para entrar no cerco formado pela PM ao redor de um 'black bloc' detido, depois que manifestantes protestaram. Uma agência bancária na Rua Xavier de Toledo foi depredada.
O objetivo da manifestação, batizada de Segundo Grande Ato Contra Tarifa, é fazer com que prefeitura e estado adotem o transporte coletivo gratuito para todas as pessoas.
"Cada vez que a tarifa sobe, aumenta o número de pessoas excluídas do transporte coletivo.
Os ativistas se reuniram na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, e saíram em passeata às 18h45 com destino à prefeitura e à Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, ambos na região central da cidade. Antes de começar o protesto, o MPL fez uma assembleia para decidir o trajeto.
Segundo a Polícia Militar, havia cerca de mil pessoas na concentração do ato. O movimento ainda não divulgou a quantidade de pessoas presentes. Os policiais fizeram a pé dois cordões, um de cada lado da via, por onde caminham os manifestantes.
"Je suis catraca"
Manifestantes projetaram uma imagem no prédio da Prefeitura que mostra o rosto do prefeito Fernando Haddad (PT) e estampa a frase "Je suis catraca" ("Eu sou catraca"). É uma referência à expressão "Je suis Charlie", criada após ataque ao jornal francês "Charlie Hebdo".
Últimos protestos
Na última sexta-feira, um protesto na capital paulista terminou em correria após alguns mascarados quebrarem agências bancárias e a polícia agir com o laçamento de bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha, não só contra eles, mas contra parte dos manifestantes que seguia de forma pacífica.
Em junho de 2013, diversas manifestações tomaram a cidade por causa do anúncio de aumento das passagens de R$ 3 para R$ 3,20. A reação da população teve sucesso e a passagem voltou a custar R$ 3.
(Com Agências)
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