A notícia desaponta crianças e visitantes de primeira viagem. No site do parque, o serviço de manutenção em algumas atrações está agendado até o dia 1.º de fevereiro.
Avisos na fila para compra de ingressos e na porta do Hopi Hari já indicavam que os brinquedos não estavam à disposição dos frequentadores. Ao serem questionados, funcionários diziam apenas que os equipamentos estavam em manutenção, mas não informavam o prazo de reabertura.
Entre as atrações indisponíveis estavam as mais radicais do parque, como o Evolution e o Ekatomb, alguns brinquedos aquáticos e um dos principais símbolos dos parques de diversão: a roda-gigante, batizada na língua do Hopi Hari como Giranda Mundi.
"É a minha primeira vez aqui. Se é para fazer manutenção, deveriam ter feito antes das férias. O Playcenter, antes de fechar, estava com mais brinquedos funcionando. Estou indignada, o ingresso deveria ter 30% ou 40% de desconto", afirmou a advogada Neiva Santos, de 42 anos, que visitou o local com o marido e os três filhos.
Marido de Neiva, o professor Marcos Rogério dos Santos, de 46 anos, notou diferença no parque. "Vim há dois ou três anos e todas as atrações estavam funcionando.
Desapontamento
Grupos de escolas, famílias e adolescentes não disfarçavam a decepção ao se deparar com as atrações fechadas. "Os brinquedos estão em manutenção. Tem uns dois meses que a situação está assim. O Ekatomb está sem uma peça e não fabricam mais", disse um funcionário.
Entre os equipamentos inoperantes, está o La Tour Eiffel, brinquedo do qual a estudante Gabriela Nichimura, de 14 anos, caiu de uma altura de 25 metros e morreu, em 2012.
"Está terrível. Tudo feio, cobram caro e não oferecem o serviço. Só vim porque ganhei o ingresso", disse a analista de logística Luciana Rinco Caparroz Correia, de 41 anos, que foi ao parque com o marido. Moradora de Jundiaí, no interior paulista, Luciana contou que fez sua primeira visita há dez anos e voltou novamente há cerca de um ano e meio.
As pausas para manutenção durante o funcionamento do local assustaram frequentadores. Foi assim que o comerciante Marco Gatto, de 40 anos, desistiu de se aventurar na montanha-russa de madeira Montezum. "Eu já estava com medo e isso ajudou. Foi a primeira vez que vim e não volto nunca mais." Ele estava acompanhado pela mulher e os dois filhos, de 6 e 11 anos.
Queixa
Assessora técnica do Procon, Leila Cordeiro disse que o visitante que se sentir lesado pode reclamar com o parque ou apresentar as queixas para o órgão de defesa do consumidor. "A empresa tem de ter qualidade do serviço prestado. Se o consumidor se sentiu prejudicado e achou que estava em um parque abandonado, pode reclamar diretamente para a empresa.
Marco Antonio Araujo Junior, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil seccional São Paulo (OAB-SP), afirmou que o parque está dentro da lei por anunciar a situação das atrações em seu site e em cartazes. "O incorreto seria não informar que o brinquedo não está funcionando."
Em nota, o Hopi Hari informou que segue um cronograma de manutenção das atrações de acordo com a legislação e com recomendações do fabricante. A revisão é periódica (anual, mensal, semanal e diária).
O parque explicou ainda que as interrupções de funcionamento dos brinquedos podem ter longa duração ou curtos intervalos durante seu período de atividade. A empresa afirmou que aguarda "elementos filtrantes" para reativar o Rio Bravo e destacou que todas as informações sobre o funcionamento estão em seu site..