Rafael de Souza Bussamra e o pai, Roberto Martins Bussamra, foram condenados nesta sexta-feira pelo atropelamento e morte do jovem Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, em um túnel na Zona Sul do Rio de Janeiro, em julho de 2010.
A Justiça do Rio condenou Rafael Bussamra a sete anos de reclusão em regime fechado e mais cinco anos e nove meses de detenção em regime semiaberto pelos crimes de corrupção ativa, homicídio culposo, inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico (alteração fraudulenta das provas, em qualquer momento da investigação ou antes dela, com a intenção de induzir em erro o perito, o juiz ou a autoridade policial), afastamento do local do acidente para fugir à responsabilidade penal e participação em competição automobilística não autorizada.
Já o pai de Rafael, Roberto Bussamra, foi condenado a oito anos e dois meses de reclusão em regime fechado e outros nove meses de retenção no regime semiaberto por corrupção ativa e inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico. Na senteça, o juiz Guilherme Schilling criticou a atitude do pai ao corromper policiais militares na tentativa de acobertar o filho.
"O caso vertente retrata não apenas policiais que acobertam e omitem o crime (sendo, por isso, também criminosos), mas também os falsos pais que superprotegem os filhos criando pessoas socialmente desajustadas. Impõe-se uma reflexão sobre o tipo de sociedade que pretendemos para as futuras gerações ou, mais ainda, que tipo de cidadãos somos. Afinal, é essa uma das dificuldades atuais da humanidade no plano da ética. De nada vale o Estado reconhecer a dignidade da pessoa se a conduta de cada indivíduo não se pautar por ela", destacou o magistrado.
Relembre o caso
Na madrugada de 20 de julho de 2010, Rafael Mascarenhas, de 18 anos, andava de skate com dois amigos no Túnel Acústico, que estava fechado ao trânsito para manutenção. O jovem foi atropelado por um Siena, que aparentemente disputava um 'racha' com outro veículo.
O motorista, Rafael Bussamra, fugiu do local dem prestar socorro. Na fuga, Bussamra foi parado por uma viatura policial. Os dois militares alegaram que liberaram o motorista por não constatar indícios de atropelamento no veículo.
Dois dias depois, ao ser apresentado à delegacia, o Siena tinha parte da frente destruída. Bussamra afirmou que os policiais exigiram R$ 10 mil e que seu pai, Roberto, teria pagado R$ 1 mil ao sargento Marcello José Leal Martins e ao cabo Marcelo de Souza Bigon.
(Com Agência Estado)
A Justiça do Rio condenou Rafael Bussamra a sete anos de reclusão em regime fechado e mais cinco anos e nove meses de detenção em regime semiaberto pelos crimes de corrupção ativa, homicídio culposo, inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico (alteração fraudulenta das provas, em qualquer momento da investigação ou antes dela, com a intenção de induzir em erro o perito, o juiz ou a autoridade policial), afastamento do local do acidente para fugir à responsabilidade penal e participação em competição automobilística não autorizada.
Já o pai de Rafael, Roberto Bussamra, foi condenado a oito anos e dois meses de reclusão em regime fechado e outros nove meses de retenção no regime semiaberto por corrupção ativa e inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico. Na senteça, o juiz Guilherme Schilling criticou a atitude do pai ao corromper policiais militares na tentativa de acobertar o filho.
"O caso vertente retrata não apenas policiais que acobertam e omitem o crime (sendo, por isso, também criminosos), mas também os falsos pais que superprotegem os filhos criando pessoas socialmente desajustadas. Impõe-se uma reflexão sobre o tipo de sociedade que pretendemos para as futuras gerações ou, mais ainda, que tipo de cidadãos somos. Afinal, é essa uma das dificuldades atuais da humanidade no plano da ética. De nada vale o Estado reconhecer a dignidade da pessoa se a conduta de cada indivíduo não se pautar por ela", destacou o magistrado.
Relembre o caso
Na madrugada de 20 de julho de 2010, Rafael Mascarenhas, de 18 anos, andava de skate com dois amigos no Túnel Acústico, que estava fechado ao trânsito para manutenção. O jovem foi atropelado por um Siena, que aparentemente disputava um 'racha' com outro veículo.
O motorista, Rafael Bussamra, fugiu do local dem prestar socorro. Na fuga, Bussamra foi parado por uma viatura policial. Os dois militares alegaram que liberaram o motorista por não constatar indícios de atropelamento no veículo.
Dois dias depois, ao ser apresentado à delegacia, o Siena tinha parte da frente destruída. Bussamra afirmou que os policiais exigiram R$ 10 mil e que seu pai, Roberto, teria pagado R$ 1 mil ao sargento Marcello José Leal Martins e ao cabo Marcelo de Souza Bigon.
(Com Agência Estado)