Na quarta-feira, 28, o secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga, enfatizou que a situação "é difícil", mas "não há necessidade para ficar em desespero". "Se isso (o rodízio) vier a acontecer, todo mundo será informado com a devida antecedência. Não é da noite para o dia", disse, após encontro com prefeitos da Grande São Paulo. Braga ressaltou que a previsão meteorológica hoje "é difícil" e será preciso aguardar pelas chuvas de fevereiro para saber se a medida será necessária.
Histórico
Até o início da década de 1970, sem os 11 mil litros por segundo que passaram a ser produzidos pelo Cantareira, a parte leste da Grande São Paulo chegava a ficar dias sem água, aguardando por abastecimento com poços e caminhões-pipa. Àquela época, a região metropolitana tinha cerca de 8 milhões de pessoas, ou seja, menos da metade dos mais de 20 milhões atuais.
Nem a conclusão completa do Sistema Cantareira, em 1982, que elevou a capacidade de produção de água do manancial para 33 mil litros por segundo, foi suficiente para que 100% da região tivesse acesso a água tratada. O fim do racionamento contínuo, que afetava principalmente a zona leste da capital, só foi decretado em 1998 pelo ex-governador Mário Covas (PSDB), após a conclusão do Sistema Alto Tietê, cujas represas ficam na região de Suzano e Salesópolis.
Dois anos depois, a falta de chuvas fez cerca de 3 milhões de pessoas abastecidas pelo Guarapiranga na zona sul viverem durante três meses com água racionada.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..