A piscina foi comprada na semana passada e custou R$ 130. "Não temos dinheiro para caminhão-pipa e também não vai valer o investimento. Enquanto estiver saindo água da torneira, vamos ligar a mangueira da saída da rua e encher a piscina", disse Rodrigues.
De acordo com ele, a redução da pressão na Estrada do Alvarenga, onde fica a igreja, costuma começar às 14 horas. Depois, nem à base de reza.
Água da chuva
Em Interlagos, também na zona sul, a cantora Carla Ribeiro, de 42 anos, começou no último fim de semana a utilizar dois galões de 200 litros para armazenar a água da chuva. Ali, a redução de pressão ocorre diariamente, das 20 às 8 horas. "No domingo tomei um susto. Abri a torneira e não saiu uma gota de água", afirmou.
Ela mora ao lado da Represa do Guarapiranga e faz quatro noites que tem ido dormir com o som da chuva batendo no telhado e escorrendo pelas calhas. De acordo com a Sabesp, ontem já havia chovido 7,8% a mais do que a média histórica esperada para o mês na região. "Tenho de aproveitar essa água. Coloco os galões sob as calhas, deixo acumular e uso para limpar o quintal", explicou. "A natureza é mais forte do que nós. O tempo está mudando e precisamos nos adaptar."
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