Com a medida, a Prefeitura tem o objetivo de facilitar a concorrência dos interessados em disputar a concessão do sistema de transportes na capital. O novo edital que define as regras administrativas e operacionais para a rede deve ser lançado ainda neste semestre. A gestão petista ainda não sabe por quantos anos concederá o serviço para as empresas ou consórcios vencedores do certame.
No domingo, 1, Haddad disse que espera um capitalismo concorrencial para o setor, em vez do modelo atual, "patrimonialista". Hoje, o serviço concedido de coletivos na cidade está nas mãos de poucas famílias, como Ruas, Belarmino e Saraiva.
As empresas são as próprias donas das garagens onde estacionam, consertam e abastecem os veículos. Dessa forma, em caso de uma nova licitação, concorrentes de fora ficariam potencialmente em desvantagem, já que não têm assegurados terrenos para colocar a frota (que tem quase 15 mil veículos, entre empresas e cooperativas).
"Hoje em São Paulo eu diria a você que é impossível (conseguir um terreno para construir uma garagem). Não tem problema a garagem ser até concedida, mas ela não pode ficar ao bel prazer do empresário, que pode vender para um empreendimento imobiliário. Isso é que não dá mais para conviver, é muito risco para o sistema", disse o prefeito.
Não foram divulgadas estimativas dos custos das desapropriações.
Existem cerca de 20 garagens de ônibus na capital paulista. Das que foram publicadas nos decretos desta quinta-feira, 5, a maior tem 94,1 mil metros quadrados e fica no Tremembé, na zona norte da capital paulista. Os outros terrenos estão em distritos como Mandaqui e Cachoeirinha, na zona norte, Raposo Tavares e Jaguaré, na zona oeste, Parque do Carmo e Itaquera, na zona leste, e Grajaú, na zona sul..