Haverá campanhas de conscientização por parte da Esalq nesse início de ano letivo e promotores de Justiça estarão presentes no local falando em palestras aos estudantes e acompanhando o ambiente universitário. Um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) foi assinado e prevê ainda outras ações para enfrentar e apurar os trotes. Os 430 novos alunos terão já no início das aulas a "Semana de Integração aos Ingressantes", quando serão orientados sobre a vida na USP e os canais de denúncia caso tenham algum problema no convívio acadêmico. "O trote não é um valor da nossa instituição e seremos ainda melhores sem ele", afirmou em nota Luiz Gustavo Nussio, diretor da Esalq.
De acordo com relatos dos próprios alunos, a entrada para o campus de Piracicaba costumava ser de muita violência. Um estudante denunciou que teve um produto jogado no corpo que causou queimaduras e até prejudicou os movimentos. Já uma ex-aluna disse ter sido abusada em uma república.
O presidente da CPI que apura denúncias de trotes nas universidades paulistas, deputado Adriano Diogo (PT), esteve ontem em Piracicaba. Além da Esalq, ele foi até a Câmara Municipal. A Casa aprovou a realização de audiência pública também para tratar do assunto. A comissão presidida por Diogo encerra os trabalhos em 14 de março, ocasião em que apresentará o relatório final propondo, entre outras coisas, que trote seja considerado crime de tortura..