Moradores vizinhos do prédio acionaram a Polícia Militar na manhã de terça, mas os sem-teto já haviam ocupado quase todos os 70 cômodos dos nove apartamentos do prédio art déco, de 1952. O representante de um proprietário de seis apartamentos do prédio foi ontem à tarde conversar com os sem-teto e avisou que um pedido de reintegração de posse seria solicitado na Justiça nesta quinta-feira, 12. Ele não quis conversar com a reportagem.
"Pode pedir o que quiser. Nós não vamos sair daqui. Esse lugar está há mais de 10 anos sem ninguém morando, perto do metrô. Temos esse direito", avisou Joaquim de Oliveira, da União dos Sem-Teto (UST).
O prédio deixou de ser habitado em 2006, após o condomínio subir para R$ 6.900, segundo relataram vizinhos e amigos dos antigos moradores. O metro quadrado na região custa, em média, R$ 10 mil. Ontem, a presença das famílias de sem-teto nas sacadas, cantando e comendo em marmitas, causava espanto em quem passeava pelas lojas da Rua Oscar Freire.
Outra ocupação
A Justiça determinou que as 475 famílias que ocupam o Cine Marrocos, na região central, desde 2013, precisam deixar o prédio até o fim de junho. Com o prazo, a Secretaria Municipal de Educação, dona do edifício dos anos 1950, desistiu de pedir a reintegração de posse.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..