A BW Offshore, dona do navio-plataforma afretado para a Petrobras, afirmou ainda, em nota, que os trabalhos necessários para as buscas pelos quatro desparecidos seguiram nesta segunda (16).
Mergulhadores especializados instalaram tampas nas caixas de mar da embarcação. Após a explosão, a água contida em uma caixa interna que teve as paredes rompidas vazou e invadiu o centro e a parte da frente do navio, provocando a inclinação do navio.
A instalação das tampas é necessária para dar condições à retomada da busca pelos desaparecidos. Nos dias seguintes ao acidente, a BW Offshore informou que nenhum dos 74 trabalhadores embarcados caiu no mar após o acidente. Por isso, espera-se que os desaparecidos estejam no próprio navio.
No sábado (14), a coordenadora-suplente do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES), Mirta Rosa de Souza Chieppe, disse ao
Estado
que a água tomava a casa de bombas do navio, onde estariam os desaparecidos, a cerca de 2 metros de altura. A sindicalista admitiu na ocasião que a chance de ainda haver sobreviventes é remota. "Pela nossa experiência, a gente não trabalha com essa hipótese, é muito improvável", disse Mirta.
Também nesta segunda-feira (16), a BW Offshore destacou a importância dos trabalhos feitos ao longo do dia para dar continuidade às buscas.
A empresa informou ainda que não há previsão para finalizar o processo de instalação das tampas. Mas garantiu que, apesar da inclinação, o "Cidade de São Mateus está estável e sem entrada de água do mar" e que "o casco do navio permanece íntegro"..