A reportagem apurou que a estudante Gabriela Alves Correia, de 23 anos, continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Estadual. Amigos dela, que pediram para não ser identificados, disseram que ela continuava, pela manhã, respirando com ajuda de aparelhos.
O estudante Mateus Pierre Carvalho, cuja idade não foi informada, e Juliana Tibúrcio Gomes, de 19, que estavam internados no Hospital Estadual foram removidos pelas famílias para o hospital da Unimed. O primeiro foi transferido da UTI e está internado em um quarto. Ele não precisou ser submetido a respiração artificial, segundo alguns amigos. Já Juliana Tibúrcio Gomes, de 19 anos, continua internada na UTI do hospital da Unimed. Ela passaria por exames e também poderia ser transferida para um quarto.
A festa Inter Reps 2015 previa dez competições entre as repúblicas, algumas delas para medir a resistência de estudantes às bebidas alcoólicas, como a prova Circuito Alcoólico, na qual os estudantes passaram mal.
O delegado Seccional de Bauru, Ricardo Luís de Paula Martines, disse que dois estudantes, Luís Henrique Scafi Mengatti, de 22 anos, e Gabriel Juncal Prudente, de 25, organizadores da festa, estão em liberdade provisória, obtida por meio de alvará de soltura concedido pelo juizado de plantão. "Eles vão responder por homicídio com dolo eventual e por três lesões corporais também com dolo eventual", afirmou o delegado.
Segundo o delegado, a prisão em flagrante se deu após os delegados que atenderam à ocorrência confirmarem a realização das competições e constatarem que o evento não tinha alvará, autorização para venda de bebidas alcoólicas, e principalmente por não manter uma estrutura adequada de atendimento aos estudantes.
"O que havia era apenas uma ambulância com uma maca e uma enfermeira que dava chazinho de bolso aos estudantes que passavam mal", disse o delegado Mário Henrique de Oliveira Ramos, que atendeu à ocorrência. A Polícia Militar teve conhecimento da festa depois que funcionárias da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) telefonaram pedindo ajuda, pois não tinha estrutura para atender tantos estudantes em coma alcoólico.
A reportagem não conseguiu falar com o advogado Luiz Celso de Barros, que defende os organizadores..