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Estado de Minas

Em três dias, dengue mata mais 10 em SP


postado em 10/03/2015 21:01

Sorocaba, 10 - Mais dez mortes por dengue foram confirmadas no interior de São Paulo desde domingo. Oito óbitos foram relatados só nesta terça-feira em Itapira, região de Campinas. A cidade de 72 mil habitantes, que desde janeiro está em situação de emergência, já tinha confirmada uma vítima neste ano e tem 3.125 casos.

Outras duas mortes foram registradas no domingo, em Penápolis e Marília. Em Penápolis, cidade da região noroeste do Estado, são seis óbitos confirmados, 1.285 casos relatados e 808 aguardando confirmação. Em Marília, no centro-oeste, um homem de 65 anos que estava internado na Santa Casa teve a morte por dengue confirmada no atestado de óbito. Em Mogi Guaçu, região de Campinas, o prefeito Walter Caveanha (PTB) foi internado com dengue no Hospital São Francisco, no domingo. A cidade registra 1.129 casos.

Algumas cidades que registram as maiores incidências de dengue no interior dão informações incompletas sobre os números da doença em seus sites na internet. Embora a maioria das prefeituras inclua boletins diários sobre a epidemia, o número de mortes confirmadas ou sob investigação não é informado. Uma das razões seria evitar alarme.

Com grande número de casos, por exemplo, Catanduva emite relatórios atualizados sobre a doença, mas omite os óbitos. A cidade tem 24 mortes neste ano com diagnóstico apontando para a dengue - seis já confirmadas. “As outras mortes em investigação podem ser, como podem não ser, óbitos por dengue”, informou a assessoria da prefeitura. O site da prefeitura de Rio Claro também divulga boletins semanais, mas não há menção ao óbito já confirmado na cidade. Em nota oficial, a prefeitura limita-se a descartar um segundo caso suspeito.

Já em Marília, com 6.774 registros da doença, o boletim da dengue não cita as quatro mortes confirmadas e nove sob apuração. O Jornal da Manhã buscou certidões de óbitos em hospitais e fala em 15 mortes. Mas o município informou que não faz estatística com base em casos da imprensa. O jornal alegou ter sido pressionado a retificar os números, sob ameaça de processo, mas não recuou.


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