O pedido de redução de vazão foi feito pela Chesf, estatal da Eletrobras que controla a usina de Sobradinho e demais hidrelétricas instaladas no curso do São Francisco, como o complexo Paulo Afonso e a usina Xingó, que estão entre os grandes geradores do setor elétrico nacional.
A redução passou pela análise técnica do Ibama, que ontem publicou uma autorização favorável à redução, apesar de sinalizar que a medida amplia os problemas já verificados em diversas regiões do rio. A autorização dada pelo Ibama tem validade de 180 dias, podendo ser prorrogada. A ANA dependia dessa aval para publicar a resolução que reduzirá o volume de vazão do São Francisco. A vazão de 1.000 m?/s, adotada em "caráter emergencial", será aplicada durante a meia-noite e as 7 horas da manhã, entre a segunda-feira e o sábado, e durante todo o dia de domingo. Tecnicamente, o São Francisco já tem operado abaixo de seu limite normal, que é de 1.300 m?/s.
Responsável por 96% do abastecimento de energia da Região Nordeste, o São Francisco ainda sofre com a seca, apesar de o País estar em pleno período chuvoso.