A coordenadora do MTST Natália Zermeta disse que os atos servem para pressionar o governo Dilma Rousseff a não adotar medidas impopulares. "Hoje o MTST está fazendo uma jornada com outros movimentos em 14 grandes capitais do País para reivindicar a reforma urbana, especialmente neste momento", afirmou. "A terceira fase do Minha Casa Minha Vida, com 3 milhões de moradias, ainda não foi lançada, apesar do acordo com o governo durante os atos na Copa do Mundo, no ano passado. Em vez disso, estamos vendo lançamentos de políticas de ajustes antipopulares e que não condizem com o que a presidente prometeu durante a campanha eleitoral".
Durante a manifestação em Taboão da Serra, um boneco representando o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi queimado na Régis. Ele é um dos principais nomes do governo ligados à atual política de ajustes, que, segundo Zermeta, tem afetado as classes mais baixas, por meio do aumento do preço da gasolina e dos aluguéis, por exemplo.
A integrante do MTST afirmou que novas mobilizações poderão ocorrer nas próximas semanas caso o governo federal não sinalize com mudanças.
Outro coordenador do MTST, Josué Rocha, disse que a ação em dez pontos de São Paulo faz parte do Dia da Mobilização pela Reforma Urbana". Segundo Rocha, que vivia na Copa do Povo, no momento não há verba para fazer habitações populares. Outra intenção do protesto é se contrapor às pautas do dia 15 de março.
Outros protestos
Em Curitiba, o Movimento Popular por Moradia (MPM) paralisou os dois sentidos do Contorno Sul, na rodovia BR-376. Em Minas Gerais, as principais rodovias que cortam Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foram interditadas pelo MTST e pelo Movimento Sem Teto do Brasil (MSTB).
No Ceará, o MTST fechou por 40 minutos a BR-116 na altura da entrada de Fortaleza. Em seguida, o grupo se concentrou na Praça da Imprensa, no bairro Dionísio Torres, de onde seguiu caminhando até o Palácio da Abolição, sede do governo cearense. No Estado, o grupo cobra do governo do Estado a entrega de 400 unidades habitacionais prometidas na gestão de Cid Gomes (PROS), hoje ministro da Educação. De acordo com os organizadores, a manifestação é para que o acordo seja cumprido pelo atual governador, Camilo Santana (PT)..