O ajudante contou ter matado e decapitado a adolescente Shirley Souza após ela confessar uma traição. "Havia saído com um amigo nosso na véspera do Natal e no ano-novo", relatou Santos no 8º DP (Brás) - que atendeu o caso por ter delegado plantonista. O assassino não mostrou arrependimento. "Ela merecia morrer, sim. Mas depois percebi que a família dela não merecia isso", relatou.
Santos atravessou 30 quilômetros com a cabeça da vítima em sua mochila. Ele saiu do bairro da Pedreira, no extremo sul, e tomou duas linhas de ônibus, por quase 30 quilômetros, até chegar à delegacia da Rua da Glória, na Liberdade. Antes de mostrar a cabeça, Santos contou como havia matado a namorada dois dias antes.
Logo, em uma crise de ciúmes, Santos começou a questionar Shirley sobre eventuais traições. "E ela confessou ter saído com o Eduardo. Era um amigo nosso", contou o assassino. Em seguida disse que a jovem poderia "ficar tranquila", que nada aconteceria. Enquanto ela estava tomando banho, o ajudante entrou no banheiro e começou a estrangulá-la.
A adolescente desmaiou e, como estava gelada, Santos achou que estava morta. Em seguida foi à cozinha, pegou "uma faca Tramontina branca" e começou a cortar seu pescoço. A cabeça foi guardada em um saco plástico. O resto do corpo foi embrulhado em um edredom e guardado dentro de um armário, ao lado de um botijão de gás.
Na sexta-feira, quase 24 horas após o crime, o irmão de Santos começou a reclamar do mau cheiro na casa. O ajudante então resolveu jogar o corpo em uma viela do bairro. Quando percebeu que os vizinhos tinham achado o cadáver, no sábado à tarde, decidiu ir à polícia e se entregar..