Eduardo de Jesus foi atingido por um tiro de fuzil no fim da tarde. Foi a quarta vítima de tiroteio na região em pouco mais de 24 horas. Segundo a Coordenadoria das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), policiais do Batalhão de Choque faziam um patrulhamento quando foram recebidos a tiros na localidade conhecida com Areal. Os moradores acusam os policiais de terem disparado contra a criança, que brincava em uma escadaria. As armas dos policiais serão apreendidas pela Polícia Civil, que abriu inquérito na Divisão de Homicídios. O caso também será investigado por um Inquérito Policial Militar (IPM).
Elizabeth de Moura Francisco, de 40 anos, foi atingida no rosto por uma bala perdida dentro de casa e também morreu no local. Uma filha de Elizabeth, de 14 anos, foi ferida no braço e socorrida ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, no bairro da Penha, na zona norte do Rio. A adolescente foi liberada e passa bem.
Na mesma unidade de saúde, permanece internado um jovem de 15 anos que foi atingido por tiros no braço, na perna e no tórax, mas seu estado de saúde é estável, informou a Secretaria de Estado de Saúde. Além dos dois adolescentes, um policial também foi levemente ferido por estilhaços.
Na manhã de quinta, uma base avançada da UPP do Alemão, que funciona em um contêiner, foi depredada. As janelas e portas foram quebradas e colchões e uma caçamba de lixo foram incendiados ao lado da unidade, na Rua Canitar, segundo o Comando das UPPs. Por meio de redes sociais como Twitter e Facebook, moradores relataram haver lixo incendiado em outros pontos da comunidade. Também houve relatos de que comerciantes mantiveram as portas fechadas no Complexo do Alemão.
Agentes do Batalhão de Choque e do Centro de Operações Especiais (COE) reforçaram o policiamento no local.