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Estado de Minas

PM afasta 8 policiais que estiveram em ação que resultou na morte de menino

Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, foi assassinado na quinta-feira, ao ser atingido por um tiro de fuzil


postado em 07/04/2015 15:49 / atualizado em 07/04/2015 16:45

(foto: Reprodução)
(foto: Reprodução)
Oito policiais militares que participavam da ação no Complexo do Alemão no momento da morte de Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, foram afastados temporariamente de suas atividades pelo comando da PM, informou o porta-voz da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, major Marcelo Corbage. Parte deles era lotada na Unidade de Polícia Pacificadora e outra parte no Batalhão de Choque. Ao todo, 11 policiais já foram ouvidos na Delegacia de Homicídios. "Estamos em um momento difícil", disse Corbage. "A solução só se dá com apoio de todos, com a população residente, com as forças de segurança e com as autoridades."

Em paralelo às investigações da Polícia Civil foi aberto um inquérito policial militar para apurar o envolvimento dos PMs que participaram da ação.

No total, 16 pessoas já prestaram depoimento à Polícia Civil no caso. Segundo o titular da Delegacia de Homicídios da capital fluminense, delegado Rivaldo Barbosa, outros policiais militares serão ouvidos, e alguns poderão prestar um segundo depoimento.

O delegado afirmou que uma reconstituição conjunta para os casos de Eduardo e de Elizabeth de Moura Francisco, de 40 anos, morta na quarta-feira, 01, também no Complexo do Alemão, será marcada depois que os pais do garoto voltarem do Piauí, onde o corpo do menino foi enterrado nesta segunda-feira, 6.

"Vamos nos empenhar para dar uma resposta", disse o delegado, que se reuniu nesta terça-feira, 07, com lideranças comunitárias do Complexo do Alemão. Barbosa disse que a Polícia Civil coletou algumas cápsulas de projéteis no local do crime, que estão sendo analisadas na investigação.

Os investigadores não descartam a hipótese de que tenha havido um tiroteio no momento em que Eduardo foi atingido. A mãe dele, Terezinha Maria de Jesus, de 40 anos, garante que o filho foi baleado por um PM - e que saberia reconhecer o autor do disparo.


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