O arcebispo de Brasília, d. Sérgio da Rocha, de 54 anos, é o nome mais cotado para ser eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na assembleia que se reunirá em Aparecida (SP), desta quarta-feira, 15, até o dia 24. O atual presidente, cardeal d. Raymundo Damasceno Assis, poderia ser confirmado para um segundo mandato, mas já anunciou que pretende deixar o cargo.
"Estou com 78 anos, já apresentei minha renúncia ao governo da Arquidiocese de Aparecida, ainda no pontificado de Bento XVI, tenho atribuições como cardeal no Vaticano e espero que o episcopado escolha outro presidente", disse. Pelas normas do Direito Canônico, os bispos são obrigados a pedir a aposentadoria aos 75 anos.
Um candidato natural ao posto seria o atual secretário-geral da CNBB, d. Leonardo Ulrich Steiner, de 64 anos, mas para isso teria de assumir a direção de uma diocese. Ele é bispo auxiliar de Brasília e, nessa condição, não poderia ser eleito presidente. Se for promovido nesta quarta-feira, seu nome crescerá na lista de possíveis candidatos.
"Se meus irmãos bispos acharem que devo continuar como secretário para novo mandato, aceitarei a reeleição como oportunidade de serviço à Igreja", adiantou d. Leonardo, que é primo de d. Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo.
A indicação de d. Sérgio é quase unanimidade, embora haja algumas alternativas, como os cardeais d. Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, e d. Orani João Tempesta, do Rio.
Pauta
A pauta principal de Aparecida é a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Os bispos revisarão o documento, aprovado em 2011, acrescentando ao texto as orientações do pontificado de Francisco. A assembleia reunirá 450 participantes, que discutirão ainda outros assuntos, como a situação política, econômica e social do País.