As imagens que expõem Verônica com várias marcas de agressões no rosto, sem camisa e com o cabelo curto causaram comoção nas redes sociais e os ativistas LGBT lançaram a campanha #somostodasVerônica. Em uma das fotos, ela aparece com as mãos e os pés algemados, deitada de bruços e com a parte de trás da calça rasgada. Militantes acusaram os policiais de terem torturado e humilhado a travesti dentro da delegacia.
Segundo a Polícia Civil, Verônica teria provocado revolta de outros presos após expor seu órgão sexual e começar a se masturbar dentro da carceragem do 2º DP, na manhã de domingo, 12. Para conter a situação, um dos carcereiros teria entrado na cela para retirá-la. A travesti teria, então, atacado o agente e mordido sua orelha direita. Houve luta corporal entre os dois e um policial precisou atirar três vezes para tentar conter a confusão. Ninguém foi atingido.
Em uma entrevista gravada pela coordenadora de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, Heloísa Alves, Verônica afirma que estava "possuída" e que não foi torturada pelos policiais.
"Todo mundo está achando que eu fui torturada pela polícia, mas eu não fui. Eu simplesmente agi de uma maneira que achava que estava possuída, agredi os policiais. Eles só agiram com o trabalho deles", disse.
Hellmeister também afirmou que Verônica poderia solicitar uma sala separada dos outros presos, mas não fez o pedido. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que a travesti já chegou à delegacia com os cabelos curtos, "pois costumava usar peruca antes de ser presa". Ela deve ser transferida para uma unidade penitenciária masculina de São Paulo..