O cheio forte de peixe em decomposição incomoda quem passa na orla. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente atribuiu a mortandade a um "choque térmico" causado por chuvas intensas e pelo aumento do nível do mar, que ocasionaram grande entrada de água na Lagoa semana passada. A variação de temperatura apontada pelo monitoramento foi de até menos 4 graus.
Na última mortandade, em março de 2013, foram recolhidas cerca de 70 toneladas. O biólogo Mário Moscatelli, que acompanha há 26 anos o ecossistema da Lagoa e foi responsável pelo replantio de manguezais, criticou a falta de um plano de contingência para acelerar a retirada de peixes mortos.
"A lagoa é e sempre será um ecossistema frágil. Venho dizendo desde a última mortandade que é necessário plano de contingência para evitar que pequenas mortandades se tornem maiores, se não tiver uma rápida remoção dos peixes. Não é fatalidade, é porque infelizmente falta gestão", afirmou.
Segundo a Companhia Municipal de Limpeza Urbana, dois catamarãs e um barco pequeno recolhem os peixes. Uma embarcação maior, que poderia agilizar a limpeza, está parada há pelo menos um ano.