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Estado de Minas

Grupo de black blocs agride imprensa em ato de professores em SP

Um câmera do SBT que reagiu ao ser atingido por sacos de lixo na cabeça foi jogado no chão, recebeu chutes e teve seu equipamento quebrado


postado em 24/04/2015 20:09 / atualizado em 24/04/2015 20:21

São Paulo - Cerca de 70 pessoas com camiseta preta e adesivo da Apeoesp (sindicato dos professores) cercaram e agrediram profissionais que faziam a cobertura da manifestação dos docentes na tarde desta sexta-feira, 24, na região central de São Paulo. Um câmera do SBT que reagiu ao ser atingido por sacos de lixo na cabeça foi jogado no chão, recebeu chutes e teve seu equipamento quebrado. A repórter Michele Barros, um produtor e um câmera da Rede Globo foram perseguidos por três quarteirões e se esconderam num bar para não serem agredidos. A Apeoesp e a PM afirmam que o grupo era de black blocs.

A confusão começou quando o grupo cercou os três profissionais da Globo na Praça da República. Michele e sua equipe tentou sair do local, enquanto os manifestantes acompanhavam, gritando: "A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura". Os ânimos foram se exaltando e o cerco aumentou.

Assustados, os profissionais entraram em um bar na esquina das Ruas Vicente de Carvalho com Aurora. Ao perceberem que outros câmeras estavam filmando, o grupo passou a jogar sacos de lixo nos profissionais, dando início a uma confusão generalizada que durou 20 minutos.

Um câmera do SBT foi atingido na cabeça e atirou uma cadeira contra os manifestantes. Ele foi derrubado no chão e agredido com chutes e pontapés. Sua câmera foi destruída. Outros dois câmeras também tiveram os equipamentos quebrados.

Neste momento, sindicalistas chegaram afirmando que o grupo não fazia parte da manifestação e era formado por black blocs, informação que foi confirmada pela PM. Os sindicalistas da Apeoesp ajudaram a imprensa a sair do local.

A Tropa de Choque estava na Praça da República e não se deslocou para acompanhar a confusão. Segundo um policial que não quis se identificar, eles não puderam sair do posicionamento porque o objetivo era evitar a depredação do patrimônio público.


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