Conforme informou o jornal O Estado de S.Paulo, Haddad foi à Justiça contra a cobrança das embalagens por parte dos supermercados.
"Não houve concorrência entre as redes. Eles fizeram todos uma combinação única e, na minha opinião, isso não é o melhor caminho. Entendo até que envolve alguma ilegalidade nessa combinação para que todos passem a cobrar. Se a concorrência entre eles existisse, alguns estariam oferecendo (a sacola) para atrair clientes e outros estariam perdendo clientes com a cobrança", afirmou. "Mas o que aconteceu foi uma orquestração. E não em proveito do meio ambiente."
A ação da Prefeitura tem objetivo similar ao pedido da SOS Consumidor, que recorreu judicialmente contra a cobrança e teve a liminar negada na semana passada.
Nesta terça-feira, 28, o Procon estadual de São Paulo e a Associação Paulista de Supermercados (Apas) anunciaram um acordo que orienta o comércio a distribuir duas sacolas grátis para os clientes ou dar desconto para quem levar de casa o seu meio de transporte de mercadorias. A medida, que vai entrar em vigência no próximo dia 11, valerá por dois meses.
Haddad disse que o acordo é um primeiro passo. "A pessoa, em vez de fazer uma compra, vai ter que fazer cinco compras para ter o direito de ter dez sacolinhas? Você vai causar um desconforto sem nenhum benefício", afirmou.
Polêmica
O deputado federal Celso Russomanno, líder da bancada do PRB, acusou Haddad de promover a regulamentação de uso de sacolas plásticas em supermercados para beneficiar um doador de campanha.
Em seu programa de TV na Record, Russomanno disse que as sacolas verdes e cinza, apesar de terem 49% de material vindo da cana-de-açúcar, são um "engodo" por levarem o mesmo tempo para se decomporem que as sacolinhas brancas. Ele disse ainda que há vários fabricantes de sacolinhas, mas que a Braskem, fabricante da matéria-prima, foi doadora da campanha de Haddad em 2012.
A Braskem nega ter feito lobby pela mudança das sacolinhas e informa que não fez contribuições para a campanha de Haddad em 2012. A empresa disse ainda que o plástico verde, matéria-prima das sacolinhas e de outros produtos, representa menos de 2% de seu faturamento.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo solicita que "denúncias formais, com provas, testemunhos ou indícios, sejam enviadas para a Controladoria Geral do Município (CGM)" e afirma que a prestação de contas de Haddad está disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral..