O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse nesta quarta-feira, 29, que os policiais que faziam o cerco aos professores na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) foram agredidos pelos manifestantes. "Tem cenas chocantes, ninguém pode ser hipócrita, mas os policiais ficaram parados e precisavam se defender", disse Beto Richa, durante entrevista coletiva no início da noite.
Segundo Richa, os confrontos foram provocados por "black blocs" que estavam infiltrados no movimento e atacaram os soldados da Polícia Militar, que faziam uma cerca humana no entorno da Alep.
"A polícia estava lá por determinação do Poder Judiciário para proteger a sede do Poder Legislativo, uma instituição democrática que não pode ser afrontada no seu direito", disse o governador. No final da operação, sete militantes identificados pela polícia como "infiltrados" foram detidos.
Paralisação
Sobre a greve dos professores, Richa credita a uma ação da Central Única dos Trabalhadores (CUT). "Não há justificativa para a paralisação dos professores", afirmou Richa. "O que há é uma instrumentalização deste movimento por partidos políticos, pela CUT, pela APP-Sindicato, que é um braço sindical do PT e que querem o confronto e o desgaste político do governo porque são meus adversários", disse ele.