A secretária-geral da confederação, Marta Vanelli, afirma que movimentos com foco em aumento salarial não têm conseguido avançar."Quando a questão passa por salário, nenhum governo tem avançado. A diminuição de arrecadação neste ano tem peso, mas o principal é a falta de vontade política", diz. "Estado pobres, como Acre, Maranhão e Piauí, concederam o reajuste do piso salarial dos professores." Neste ano, o piso teve uma valorização de 13%.
Estados como Santa Catarina, Pará e Pernambuco enfrentam greve. Em São Paulo, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) ainda não ofereceu proposta de reajuste para este ano, e a greve já passa de 40 dias - a adesão, segundo a Apeoesp, principal sindicato da categoria, é de 50% dos professores. A Secretaria de Educação defende que o índice de presença é de 96%.
A Apeoesp reivindica reajuste de 75%. O estado se comprometeu a criar uma política salarial pelos próximos quatro anos, mas não apresentou porcentuais.
Na quarta-feira, professores em greve interditaram duas rodovias no interior de São Paulo. Em Campinas, cerca de cem professores bloquearam pela manhã um trecho da Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101). O grupo caminhou pela estrada até o Trevo da Bosch.
Em Marília, centro-oeste do Estado, outros cem professores grevistas, segundo a Polícia Militar, interromperam o tráfego nos dois sentidos da Rodovia Transbrasiliana (BR-153). O ato durou uma hora. (Colaborou José Maria Tomazela).