A Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação (CNTE) convocou para esta quinta-feira, 30, uma greve nacional dos trabalhadores da categoria. Além da paralisação coordenada, professores das redes estaduais de dez estados já realizaram greves ou paralisações neste ano por melhorias nas condições de trabalho e reajustes salariais. Ao menos oito redes municipais de educação também pararam as atividades, segundo a CNTE.
Estados como Santa Catarina, Pará e Pernambuco enfrentam greve. Em São Paulo, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) ainda não ofereceu proposta de reajuste para este ano, e a greve já passa de 40 dias - a adesão, segundo a Apeoesp, principal sindicato da categoria, é de 50% dos professores. A Secretaria de Educação defende que o índice de presença é de 96%.
A Apeoesp reivindica reajuste de 75%. O estado se comprometeu a criar uma política salarial pelos próximos quatro anos, mas não apresentou porcentuais. O sindicato convocou, as 14h desta quinta-feira, assembleia na Avenida Paulista. "Não tivemos nada até agora, não tem como terminar a greve", disse a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha.
Na quarta-feira, professores em greve interditaram duas rodovias no interior de São Paulo. Em Campinas, cerca de cem professores bloquearam pela manhã um trecho da Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101). O grupo caminhou pela estrada até o Trevo da Bosch.
Em Marília, centro-oeste do Estado, outros cem professores grevistas, segundo a Polícia Militar, interromperam o tráfego nos dois sentidos da Rodovia Transbrasiliana (BR-153). O ato durou uma hora. (Colaborou José Maria Tomazela)