Desde o desfecho da investigação sobre a morte de Bernardo - que indiciou Boldrini, sua atual mulher, Graciele Ugulini, a amiga do casal, Edelvânia Wirganovicz, e o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz - por envolvimento no assassinato do menino, a família de Odilaine tenta reabrir a investigação sobre a morte.
Supostas incoerências na investigação policial e a suspeita de falsificação em uma carta de despedida foram apresentadas à Justiça pelo advogado da família, Marlon Taborda, como indícios de que Odilaine não se suicidou, mas foi assassinada.
Agora, o advogado diz que encontrou uma atividade suspeita em uma das contas bancárias da mãe de Bernardo. Ao analisar um extrato do Banco do Brasil, a família verificou que no dia 8 de fevereiro de 2010 foram retirados R$ 55 mil em três saques de R$ 15 mil e um de R$ 10 mil. Os saques foram feitos na agência de Três Passos, cidade onde a família morava.
"Esta descoberta é uma nova prova, porque é um fato acontecido na época e que até hoje não era sabido. Juridicamente se enquadra na previsão legal para reabrir uma investigação. Ele acaba com o argumento da autoridade policial da época, de que não havia prova (de que Odilaine pudesse ter sido assassinada)", explica Taborda.
O advogado informou que o extrato já foi encaminhado à autoridade policial. "Por que ela faria quatro saques? É um elemento substancial para a reabertura da investigação.
Segundo ele, pedidos de extratos também foram feitos a outros bancos em que Odilaine era correntista, mas ainda não houve retorno. A reportagem tentou sem sucesso contatar a Polícia Civil de Três Passos para comentar o pedido de reabertura..