O assassinato de Oliveira e o espancamento de outra pessoa fizeram o Ministério Público Estadual (MPE) paralisar uma investigação cível sobre fraude na contratação de perueiros pela Prefeitura, conforme o Estado revelou ontem. A apuração segue na área criminal, com a suspeita de participação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
No inquérito sobre a morte do perueiro, uma testemunha contou que a vítima "estava contrariada com a decisão deles (a diretoria de sua cooperativa, a Paulistana) em se tornar uma empresa, registrando-a apenas em nome de alguns, ignorando os demais 600 cooperados", segundo depoimento ao qual a reportagem teve acesso.
Oliveira era do Conselho Fiscal da cooperativa. Depois de uma discussão mais grave com outro conselheiro - já identificado -, o perueiro enviou uma carta à diretoria se desligando da cooperativa. Ele foi morto cinco dias depois, antes de sair de vez da empresa. Foi abordado na porta da garagem por homens em um carro clonado.
Prefeitura
- Anteontem, o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, defendeu a manobra da Prefeitura que permitiu que as cooperativas, que tinham centenas de empregados, virassem empresas "no nome de alguns", como falou o perueiro morto. Tatto disse que a mudança foi um pedido das próprias cooperativas e afirmou que, quem não estivesse satisfeito com o modelo, poderia deixar os antigos associados - como fez Oliveira antes de ser executado.
O prefeito Fernando Haddad (PT) foi questionado ontem sobre a responsabilidade de sua gestão diante das mudanças na rede e a onda de violência, mas não quis comentar. As informações são do jornal
O Estado de S.