Moradores circulam um abaixo-assinado contra o que chamam de "violência" contra os animais. "Os coelhinhos são dóceis e alegram as crianças, deve haver outra forma de controle", disse a comerciante Elvira Prestes Araújo, que assinou o documento a ser encaminhado à prefeitura.
Os coelhos faziam parte de uma criação comercial que teria sido abandonada pelo dono. Os animais escaparam, invadiram a área do lago e, sem predadores, foram se multiplicando. Moradores passaram a alimentar os animais, contribuindo para o aumento na população, já que a fêmea tem gestação de apenas 28 dias. A prefeitura informou que o manejo reprodutivo foi autorizado pelos órgãos ambientais e está sendo feito em parceria com a Associação Limeirense de Proteção Animal.
Cerca de vinte coelhos já passaram pela esterilização e a proposta é castrar outros vinte machos por semana.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, o Departamento de Proteção e Bem-Estar animal iniciou um trabalho com a associação para que parte dos coelhos seja adotada pelos moradores. As pessoas devem comprovar que atendem requisitos de posse responsável, como manter o animal alimentado e em local adequado. Pelo menos cem pessoas já estão na lista da adoção.
Exóticos
Moradores vizinhos da lagoa, que está no centro de uma área municipal com 21,7 mil m2, apoiam a iniciativa da prefeitura. Segundo o zelador Paulo Nunes, com a tela que cerca o local tem muitos buracos, os coelhos saem para a rua e acabam sendo atropelados. Ele reclama que os alimentos jogados pelos moradores também atraem ratos e insetos.
A Polícia Ambiental informou que esses coelhos são de raças importadas, portanto são animais exóticos e seu controle cabe ao município. Como cães e gatos, os coelhos são protegidos pelas leis que punem os maus tratos a animais..