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Estado de Minas

Pezão diz que morte de médico é lamentável e que só a polícia não adianta


postado em 20/05/2015 18:01

Rio, 20 - O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) classificou de "lamentável" a morte do médico Jaime Gold. "Sofro a cada morte, é um pedaço da gente que vai embora." Para ele, "só a polícia não adianta" para reduzir a criminalidade no Rio.

"Se é para cumprir essa lei que está aí, temos de discutir o papel da polícia. Ela tem feito seu trabalho. Quando roubam uma bicicleta, um cordão, um telefone celular, quando se usa faca - não são crimes de grande monta, que façam com que a pessoa fique presa. Policial entra com a pessoa por uma porta da delegacia, ela sai pela outra", afirmou.

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, se referiu ao crime como "inadmissível" em pronunciamento divulgado no Twitter. "Um lugar como a Lagoa Rodrigo de Freitas não pode de maneira nenhuma ser alvo desse tipo de atitude porque é um local que todos nós frequentamos, gostamos de ir, gostamos de frequentar, é um cartão postal. Nós não podemos admitir de maneira nenhuma que ações dessa natureza aconteçam."

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio, Alfredo Lopes, destacou, em nota, o prejuízo ao turismo causado pela violência e disse que estrangeiros voltaram a ser alertados pelos consulados sobre a falta de segurança na cidade. "Lamentavelmente, a violência voltou a fazer parte da nossa rotina. Voltamos à fase de alertas aos visitantes e episódios envolvendo os consulados tendo a falta de segurança como foco", disse.

Segundo Lopes, "nenhuma atividade econômica sofre mais com a criminalidade, a violência nas ruas e a percepção de insegurança do que o turismo". A nota termina com um desabafo: "O que mais precisa acontecer? Até quando continuaremos reféns?".

A Federação de Ciclismo do Estado convocou manifestação para as 10 horas do sábado, 23, no local do crime. "É uma tragédia anunciada. A gente já vem alertando para o aumento dos assaltos há um ano e meio. Isso foi omissão do poder público. Tem um mercado paralelo de compra e venda de bicicletas. As pessoas vendem peça, sem nota fiscal", disse Claudio Santos, presidente da entidade. Santos afirmou ter pedido à Secretaria de Segurança para incluir o título de roubo e furto de bicicleta em estatísticas. "O governo se omite diante de situação absurda. Você sai para se exercitar e de repente alguém saca uma faca e te rasga todo por causa de uma bicicleta. É uma selva."


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