Gold formou-se na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e fez residência médica no HUCFF. Atuava no Serviço de Cardiologia desde 1989. "Jaime só deixou de correr maratonas após um problema no joelho, mas sempre se exercitava. Estudava a questão da resposta do corpo a exercícios e falava muito sobre isso no dia-a-dia com estudantes e pacientes", disse o amigo Eduardo Côrtes, diretor-geral do HUCFF, professor dele na década de 80. "Foi um choque para todos nós. Acho pouco provável que tenha reagido."
Pelo Facebook, a filha Clara Amil Gold, de 20 anos, manifestou perplexidade.
Torcedor do Fluminense, Gold teve dois filhos com a ex-mulher Marcia Amil - Clara e Daniel, de 21 anos. Em entrevista ao jornal O Dia, Marcia criticou a proposta de redução da maioridade penal, em discussão no Congresso. "Nem sei se foram menores, mas sei que Jaime foi vítima de vítimas, que são vítimas de vítimas. Enquanto nosso País não priorizar saúde, educação e segurança, vão ter cada vez mais médicos sendo mortos no cartão postal do País. E não só médicos, afinal, morrem cidadãos todos os dias em toda a cidade, não só na zona sul", disse ela.
Em nota, a Pastoral do Esporte da Arquidiocese do Rio lamentou a morte e se solidarizou com parentes e amigos do médico, que será sepultado às 11h de amanhã no Cemitério Israelita do Caju, na zona norte.
Prefeito se manifesta sobre crime
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), demonstrou preocupação com a violência nos arredores da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul, local que vai receber as provas de remo dos Jogos Olímpicos de 2016. Mas ressaltou que acredita na política de segurança do governador e aliado político Luiz Fernando Pezão (PMDB).
"Sinceramente, neste caso (da morte do médico Jaime Gold, atacado na noite de terça-feira por assaltantes), não estou preocupado com Olimpíada.
"Não é um desafio fácil, mas tenho muita confiança na política de segurança pública do governador Pezão e do secretário (de Segurança, José Mariano) Beltrame.".