Violin conta que estava no Centro Cívico no dia 29 para acompanhar o desenrolar da votação, que acontecia no plenário, enquanto os professores ficavam do lado de fora, quando começou a confusão. "Levei estilhaços de bala, a dois centímetros do olho, poderia ter ficado cego. A partir dali houve uma espécie de tribunal moral, na federal (Universidade Federal do Paraná) para julgar o que havia ocorrido. O jurista Celso Antônio Bandeira de Mello disse que caberia um pedido de impeachment e, em face disso, eu fiz uma petição. Agora esperamos que a Alep dê continuidade", comentou à TV blog Sinal.
Com a petição entregue, o advogado acredita que a pressão popular pode dar um fôlego a mais nesse inédito processo de impeachment de um governador paranaense. "Haveria um tribunal especial, com cinco deputados, cinco advogados e cinco desembargadores. Acredito que com a pressão popular será possível, mas se não houver, será difícil", comentou.
O pedido de impeachment se baseia na Constituição de 1950 por crime de responsabilidade.
Impeachment de governadores
O impeachment de governadores no Brasil tem sido fato isolado na história política do País. O primeiro a ser afastado foi o governador de Alagoas, Muniz Falcão, que em 13 de setembro de 1957 foi impedido de continuar no cargo, mas a votação não chegou ao final por causa de um confronto entre partidários de Falcão e da oposição. O caso parou nas mãos do então presidente Juscelino Kubitschek, que decretou intervenção federal. Em 24 de janeiro do ano seguinte, o STF reconduziu Falcão ao cargo..