Já a amiga de Graciele, Edelvânia Wirganovicz, disse que foi à força depor. "Eu não estou bem, estou tomando remédios. Eu vim à força, porque me obrigaram a vir. Eu estava sem condições", reclamou, antes de se calar.
Evandro Wirganovicz - o único que não vestiu colete à prova de balas - negou que tenha cavado a cova em que Bernardo foi enterrado. "Foi minha irmã que fez o buraco, é o que ela conta", destacou. Questionado sobre o que fazia na véspera do crime no local em que o corpo de Bernardo foi achado, ele explicou que estava pescando.
Antes do depoimento dos três acusados, Leandro Boldrini, foi ouvido pelo juiz Marcos Luís Agostini, titular do processo da 1ª Vara Judicial de Três Passos.
"Perdi meu filho. Cadê o Bernardo? Nem o luto eu pude construir, porque não vi o corpo. Minha vida está destruída", afirmou.
Protesto
O depoimento dos acusados pela morte de Bernardo foi marcado por manifestações na porta do fórum de Três Passos. Foi a primeira vez que Boldrini e Graciele retornaram à cidade na qual viviam com o menino depois de serem presos, há cerca de um ano.
Boldrini teve de usar colete à prova de balas em público. Na entrada do prédio do Judiciário, moradores aguardavam os acusados com gritos de protesto..