De acordo com Clóvis Silveira Junior, coordenador de saúde da região centro da secretaria, a iniciativa foi definida após a pasta observar um crescimento expressivo do número de haitianos em busca de atendimento na Assistência Médica Ambulatorial (AMA) da região.
Fizeram parte da equipe um médico, dois enfermeiros, um auxiliar de enfermagem, um psicólogo, quatro agentes comunitários de saúde, além de uma intérprete, uma vez que a maioria dos haitianos falam apenas francês.
Segundo a secretaria, 80 haitianos foram atendidos na ação, dos quais 28 precisaram de consulta médica e quatro apresentavam hipertensão. Eles foram encaminhados para início do tratamento na Unidade Básica de Saúde (UBS) da região. Foram aplicadas 108 vacinas e realizados 22 testes rápidos de HIV.
Há dois meses vivendo no Brasil, o haitiano Celome Delfort, de 28 anos, aproveitou a presença dos profissionais de saúde para atualizar a caderneta de vacinação. "De resto, está tudo bem com a minha saúde. Agora só falta arranjar um emprego", diz ele, que vive no abrigo da paróquia e espera conseguir logo uma fonte de renda para enviar dinheiro à família no Haiti, onde vivem a mulher e os cinco filhos do imigrante.
De acordo com o padre Paolo Parise, diretor do abrigo Missão Paz, que funciona na paróquia, além da ação da secretaria, os imigrantes contam com atendimento médico de profissionais voluntários duas vezes por semana. "Como são jovens, não costumam ter problemas graves de saúde, mas alguns chegam com quadros fortes de gripe", diz ele.
Atualmente, a paróquia abriga quase 200 imigrantes: 110 na Casa do Migrante e outros 83 de forma improvisada na paróquia..