O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, viaja na próxima semana para o Peru, Equador e para a Bolívia para discutir com autoridades desses países estratégias que coíbam ações de coiotes, grupos criminosos especializados em tentar vender vantagens para que imigrantes ilegais entrem no Brasil.
A ideia é ter uma estratégia conjunta para o enfrentamento.
Os três países, que serão visitados segunda, terça e quarta-feira, integram a rota onde a atuação dos grupos é mais intensa. "Precisamos ter uma ação de combate conjunta das nossas polícias com a de outros países. Sem isso, será praticamente impossível um enfrentamento mais duro como nós queremos dessas organizações criminosas." O ministro sugeriu também a realização de campanhas em outros países, para justamente alertar sobre os riscos de se recorrer a organizações criminosas para tentar entrar no Brasil. A proposta, segundo ele, é alertar sobre os perigos dessa estratégia e incentivar imigrantes a obter o visto de entrada no País.
Cardozo ressaltou também que o trânsito de imigrantes legais no País deve ser realizado de "forma articulada" entre Estados envolvidos e o governo federal. A afirmação é feita uma semana depois da troca de farpas entre o governo do Acre (PT) Tião Viana e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também do PT. "Houve um descompasso informativo em algumas situações", avaliou. Nessa quarta, 27, o secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcelos, reuniu-se com secretários estaduais para decidir estratégias conjuntas.
O ministro ressaltou que, desde que estejam com situação regularizada, migrantes têm direito de ir para o Estado que acharem mais conveniente.
De forma simultânea, disse, é preciso desenvolver ações para combater com rigor a atividade de organizações criminosas, sobretudo próximo do Acre. "Temos como linha o combate duro às organizações criminosas", disse o ministro..